domingo, 20 de outubro de 2019

Um Aviso Contra o Mundanismo


Um Aviso Contra o Mundanismo
V. 15 – Conseguir a vitória sobre o iníquo não significa que os jovens estivessem fora de perigo. De fato, muitas vezes têm sido dito que o filho de Deus nunca está em uma posição mais perigosa espiritualmente do que depois que ele ganhou uma vitória sobre o inimigo. Isso ocorre porque tendemos a baixar a guarda nesses momentos e nos tornamos vulneráveis. Tendo vencido o iníquo, há outro inimigo do qual precisam ser cautelosos – o mundo. Por isso, João adverte: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. O “mundo” é usado nas Escrituras de três maneiras:
  • Como um lugar – o planeta Terra (Jo 1:10, 9:5, 13:1, 16:28, 18:37; At 17:24; Rm 1:20; 1 Tm 1:15; Hb 11:3; Ap 13:8).
  • Como uma sociedade onde Cristo é excluído (Jo 8:23, 15:19, 17:14b-16, 18; Rm 12:2; Gl 1:4, 6:14; 2 Tm 4:10; Tg 4:4; 1 Jo 2:15-17, 4:5a, 5:19). O mundo, nesse sentido, refere-se ao sistema de negócios e atividades na Terra que o homem, em sua alienação de Deus, organizou em uma tentativa de manter-se feliz sem ter que enfrentar a Deus sobre a questão de seus pecados. Tudo começou quando Caim saiu da presença do Senhor e sua descendência desenvolveu várias atividades nesta vida que absorvem os interesses dos homens até os dias de hoje (Gn 4). Agora é um vasto sistema com muitos departamentos – as artes, as ciências, a educação, a literatura, a religião, o comércio, a política, os esportes profissionais, etc. Tudo se baseia nos falsos princípios e valores baseados nos desejos da carne.
  • Como pessoas que são parte integrante da sociedade que o homem construiu para si mesmo em sua alienação de Deus (Sl 17:14; Jo 1:10b, 3:16, 4:42, 6:51, 15:18, 17:14a; 1 Jo 4:5b, 14).

 O aspecto que João está advertindo aqui no versículo 15 é a sociedade onde Cristo é excluído. Mesmo se um crente fez considerável progresso espiritual, ele ainda precisa estar em guarda contra este inimigo. Os valores, princípios e metas do mundo estão todos centrados em torno de nós mesmos – fazendo o que queremos para agradar a nós mesmos. Somos levados a acreditar que perseguir essas coisas nos fará felizes e satisfeitos, mas os que acreditam nisso sempre se sentem vazios e insatisfeitos. Seguir esses objetivos e ambições mundanas com certeza desperdiçará nossa vida em coisas passageiras e, assim, seremos impedidos de fazer a vontade de Deus. Por isso, a advertência de João é: “Não ameis o mundo”. Ao dizer: “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”, ele deixa claro que não podemos desfrutar da comunhão com o Pai e com o mundo ao mesmo tempo; deve ser um ou outro. É verdade que temos que passar pelo mundo e, ao fazê-lo, vamos usar “deste mundo” em nossas responsabilidades cotidianas (1 Co 7:31, 33), mas não precisamos amar o mundo e marchar no ritmo de seu tambor. O Cristão de mente correta, portanto, deveria ver o sistema mundial como ele realmente é – um inimigo – e se separar dele. O Senhor orou por nós para que fôssemos preservados das influências do mundo (Jo 17:14-17).

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