domingo, 20 de outubro de 2019

Justiça e Iniquidade


Justiça e Iniquidade
V. 4 – Enquanto o verdadeiro filho de Deus será conhecido por estar “aperfeiçoando a santificação” em sua vida enquanto espera o Senhor chegar, aquele que simplesmente professa ser um filho de Deus não terá nenhuma preocupação com tal coisa. Isso ficará evidente em sua vida. Este foi o caso dos mestres gnósticos. Eles ostentavam ter maior conhecimento espiritual, mas eram bem descuidados na santidade pessoal. João, portanto, prossegue para definir a verdadeira natureza do pecado e, ao fazê-lo, expõe esses charlatães. Ele diz: “Qualquer que comete pecado também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade”. Ao afirmar isso, João não está falando de um crente falho cometendo um pecado, mas de uma pessoa que “pratica” (ARA) o pecado como uma característica em sua vida. Seu caráter geral prova que ele não é um verdadeiro filho de Deus, embora possa professar ser um.
As versões King James e a Almeida Atualizada apresentam este versículo incorretamente: “o pecado é a transgressão da lei”. Se isso fosse verdade, então teríamos que dizer que não havia pecado no mundo até que Deus deu a Lei a Moisés! Isso não pode ser verdade; contradiz Romanos 5:12-14, que afirma que o pecado estava no mundo antes da lei. A nota de rodapé da Tradução de J. N. Darby diz: “Traduzir que o ‘pecado é a transgressão da Lei’, como na AV [Versão Autorizada – a KJV] é errado, e dá uma falsa definição de pecado, pois o pecado estava no mundo e a morte como consequência, antes de a Lei ter sido dada”. Deveria ser dito: “O pecado é ilegalidade (ou ausência de lei)(JND). Ausência de lei é fazer nossa própria vontade em independência de Deus. É o exercício da vontade própria.
V. 5 – João acrescenta o feliz antídoto que, embora tenhamos pecado e ficado aquém da glória de Deus (Rm 3:23), Cristo “Se manifestou para tirar os nossos pecados” e nos levar a um relacionamento com Deus. Ele veio para resolver a questão do pecado para a glória de Deus e para a bênção da humanidade. Sua obra de expiação na cruz afastou o pecado de diante de Deus judicialmente (Hb 9:26) e, em um dia vindouro, Ele vai tirar todo o efeito do pecado deste mundo literalmente e trazer um estado eterno de impecabilidade. (Jo 1:29; Ap 21:1-8). Enquanto isso, Ele está tirando a culpa do pecado daqueles que creem, salvando suas almas e purificando suas consciências (Hb 9:14). Ao falar de Cristo como o grande Emissário do pecado, João tem o cuidado de distingui-Lo de todos os outros homens, afirmando: “E n’Ele não há pecado”. Isso significa que Ele não tinha uma natureza caída pecaminosa como os outros homens têm; Sua natureza era, e é, santa (Lc 1:35).
V. 6 – Depois de termos nossos pecados tirados quando recebemos a Cristo como nosso Salvador, João dá o caminho simples de Deus pelo qual somos impedidos de pecar depois disso. Ele diz: “Todo aquele que permanece n’Ele não peca”. Permanecer em Cristo é viver em constante comunhão com Ele (Jo 15:4). Não pecaremos quando estivermos na presença do Senhor em comunhão com Ele. De acordo com seu estilo, João fala de uma maneira absoluta – afirmando o estado normal dos filhos de Deus. (É triste dizer que é quando saímos da comunhão com Ele que pecamos.) Por outro lado, “qualquer que peca não O viu nem O conheceu”. João fala aqui de uma pessoa que vive em um estado contínuo de ilegalidade, que é o estado normal dos incrédulos. Ele diz que tal pessoa realmente não conhece o Senhor. Nota: João não diz: “Todo aquele que comete um pecado ...” porque ele não está falando de atos individuais de pecado, mas do teor geral da vida de uma pessoa.

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