domingo, 20 de outubro de 2019

A Senhora Eleita e seus Filhos


A Senhora Eleita e seus Filhos

Há apenas uma epístola escrita para uma mulher, e nenhuma escrita por uma mulher. De fato, nenhum livro da Bíblia é escrito por uma mulher – embora dois livros da Bíblia tenham nomes de mulheres – Rute e Ester. Uma mulher não ser chamada para escrever uma epístola está de acordo com as instruções do apóstolo Paulo quanto ao papel das mulheres Cristãs na Igreja. Em sua epístola a Timóteo, ele mostra que as mulheres Cristãs não têm um lugar público como assumir a liderança na casa de Deus, no ensino (1 Tm 2:9-15) ou na administração (1 Tm 3:2; At 15:6).
Vs. 1-2 – João abre com uma saudação: “O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade, por amor da verdade que está em nós e para sempre [para a eternidade – JND] estará conosco”. O nome da mulher eleita a quem João escreve não está indicado. Tudo o que sabemos sobre ela é que ela era uma mulher Cristã respeitável, tendo filhos que andavam na verdade. O marido dela não é mencionado.
É instrutivo em como João fala com ela. É um modelo de como um irmão deve tratar uma irmã no Senhor. Ele se abstém da familiaridade, não usando termos de afeto. Ele não a chama de “amada”, como ele faz quando se dirige aos filhos de Deus em geral (1 Jo 2:7 – AIBB, 3:2, 21, 4:1, 7, 11), ou quando ele se dirige a Gaio, um irmão no Senhor (3 Jo 1-2, 5, 11). Isso não foi porque ela não era amada, mas que todas essas expressões são inapropriadas para os irmãos usarem ao interagir com as irmãs em um nível pessoal. Ele diz: “Aos quais amo”, mas rapidamente qualifica esse amor acrescentando “na verdade”, e isso foi no contexto de “todos os que têm conhecido a verdade, por amor da verdade”. Isso nos mostra que é impróprio para um irmão destacar uma irmã no Senhor e falar de seu amor por ela; poderia ser tomado erroneamente. Isso mostra quão cuidadosos temos que ser em nossos relacionamentos naturais para evitar a aparência do mal. Da mesma forma, o apóstolo Paulo disse a Timóteo que ele deveria tratar as irmãs mais novas “com toda a pureza” (1 Tm 5:2).
V. 3 – João deseja a ela “graça” e “misericórdia” e “paz” da parte do Pai e do Filho. Com base nisso, ela seria bem capaz de agir de acordo com as instruções práticas que ele estava prestes a lhe dar.
V. 4 – João se alegrou muito ao saber que os filhos da senhora eleita estavam seguindo o caminho Cristão e andando na verdade. Ele diz: “Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai”. Nota: ele não disse “conhecendo a verdade”, mas andando na verdade”. Isso mostra que a verdade não é apenas algo que cremos em nossas mentes, mas algo que deve ser praticado e vivido na vida cotidiana. Ao dizer que ele encontrou alguns dos seus filhos andando na verdade, indica que nem todos os filhos da senhora eleita estavam seguindo nesse caminho. João não foca nisso, mas se alegra com os filhos que estavam seguindo fielmente. Isso também é um exemplo para nós. Num dia de ruína, quando muitas coisas estão fora de ordem, a tendência é ocupar-se com os fracassos dos santos e todas as coisas que vemos que estão erradas. Mas esta não é uma ocupação saudável. Lembremo-nos do velho ditado: “Aqueles que estão ocupados com o fracasso tornam-se um fracasso!” A ocupação normal do Cristão é Cristo (Fp 3:13-14; Hb 12:2).
Vs. 5-6 – João pede-lhe que continue no grande mandamento que a companhia Cristã recebeu do Pai. Ele diz: “E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros. E o amor é este: que andemos segundo os Seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, que andeis nele”. Ela deveria continuar no velho, porém novo, mandamento que, como João diz, é amar “uns aos outros”. É o “velho” porque foi manifestado pela primeira vez na vida do Senhor quando Ele estava aqui na Terra (1 Jo 2:7). Também é “novo” porque pode ser visto nos filhos de Deus, desde que o Espírito Santo foi dado (1 Jo 2:8). Sendo que o amor se manifesta praticamente em obediência (Jo 14:15; 1 Jo 5:3), essa instrução seria algo feliz para ela. Essencialmente, o que ele estava dizendo é que ela precisava, antes de tudo,  cuidar do estado de sua própria alma, e assim ser encontrada andando no Espírito com o Senhor.

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