domingo, 20 de outubro de 2019

Um Mal Duplo


Um Mal Duplo

V. 4 – Judas prossegue explicando por que batalhar pela fé é tão importante – muitos enganadores haviam furtivamente se introduzido na profissão Cristã e estavam corrompendo as pessoas com suas más doutrinas e práticas. Ele diz: “Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo [sentença – TB], homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (AIBB). Esses homens ímpios tinham um conhecimento mental da verdade, mas seus caminhos não estavam de acordo com ela. Eles haviam se introduzido “furtivamente” entre os santos, fazendo uma profissão exterior de fé, mas eram charlatães. Simão o mágico foi o primeiro falso mestre a se infiltrar, mas ele foi exposto por Pedro e João e rejeitado (At 8). Estes a quem Judas fala entraram se arrastando sem serem detectados, e permaneceram entre os santos, fazendo o seu trabalho maligno.
A versão King James diz que eles foram “destinados para esta condenação”, mas o texto deve ser lido “marcados de antemão para esta sentença” (JND). Deus não predestina as pessoas para condenação; ninguém é predestinado para o inferno. O que Judas está dizendo aqui é que Deus sabia de antemão quem eram essas pessoas e fez com que os apóstolos e profetas prevenissem os santos de que eles surgiriam, e para nos dizer que o fim deles seria a condenação. Portanto, estando prevenidos da presença deles, não devemos nos surpreender ao vê-los trabalhando na Cristandade. Suas sementes de impiedade têm um duplo caráter: 
  • O abuso da graça.
  • A negação dos direitos de Cristo, o Mestre deles. 

“Converter em dissolução [libertinagem – ARA] a graça de nosso Deus” é mudar a verdade da liberdade Cristã em liberdade para a carne (Gl 5:13). Esses homens pervertem a verdade da libertação do pecado (Rm 6:18) em liberdade para pecar! H. Smith disse: “O grande princípio pelo qual Deus está salvando os homens do pecado e ensinando-os a viver sobriamente, é usado por esses homens ímpios para satisfazer a carne e seus desejos, ao mesmo tempo mantendo uma profissão aceitável e movendo-se no círculo Cristão” (The Epistle of Jude, pág. 5).
“Negam o nosso único Mestre e Senhor Jesus Cristo” (TB) não é necessariamente que negam o Seu nome exteriormente, mas recusam-se a se submeter à Sua autoridade sobre eles na prática – enquanto ao mesmo tempo afirmam que a praticam! Ele é “Mestre” deles em virtude de Sua aquisição na cruz (Mt 13:44; Hb 2:9; 2 Pe 2:1), mas Ele não é Senhor e Salvador deles. Eles negam o Seu direito de governar sobre eles, rebaixando-O, na doutrina que sustentam, ao nível de si mesmos. Assim, a doutrina deles despoja o Senhor de Sua divindade, Sua humanidade sem pecado e Seus atributos divinos, fazendo-O como qualquer outro homem (Sl 50:21). O resultado prático de suas noções errôneas é não se submeterem à Sua autoridade.

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