domingo, 20 de outubro de 2019

A Saudação


A Saudação

Vs. 1-2 – Judas se apresenta como “Judas, servo [escravo – JND] de Jesus Cristo e irmão de Tiago”. Nem ele nem seu irmão faziam parte do grupo apostólico que seguia o Senhor nos dias de Seu ministério terrestre. Eles eram meios-irmãos do Senhor (Mt 13:55), mas eram incrédulos naqueles dias (Mc 3:21; Jo 7:5). Tiago foi convertido no tempo em que o Senhor ressuscitou dos mortos (1 Co 15:7) e Judas provavelmente foi convertido em torno desse tempo também. Quando o Senhor terminou Suas aparições depois de ressuscitado, todos os Seus irmãos eram crentes e estavam entre os santos no cenáculo em Jerusalém esperando pela vinda do Espírito Santo (At 1:14).
“Tiago”, a quem Judas se refere aqui, não é Tiago, filho de Zebedeu (Mt 4:21); ele foi morto por Herodes bem cedo na história da Igreja (At 12:1-2). Nem ele é o filho de Alfeu (Mt 10:3),  que também é chamado de Tiago o menor (Mc 15:40). Esse Tiago tornou-se líder na assembleia em Jerusalém (At 12:17, 15:13, 21:18; Gl 1:19). “Judas” não é o Judas que supostamente foi enviado pelo Senhor com Judas Iscariotes (Lc 6:16). Nem Judas, nem Tiago eram apóstolos. (Veja W. Kelly, Lectures on the Epistle of Jude, págs. 10-11.) Podemos nos perguntar por que Judas não teria se apresentado como sendo o irmão do Senhor. Ele absteve-se de fazer isso porque estava agindo de acordo com o princípio Cristão: “Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já O não conhecemos desse modo” (2 Co 5:16). Além disso, apresentar-se como o irmão do Senhor poderia ter parecido orgulhoso e estar buscando honra para si mesmo.
Aqueles a quem Judas escreve são os “chamados” – os que foram chamados e salvos pelo evangelho. Eles são um remanescente de verdadeiros crentes em meio à massa de pessoas meramente professas. Ele os vê de um modo duplo: “amados em Deus Pai” (ARA) e “guardados em Jesus Cristo” (ARA). (A palavra “queridos” na ARC deve ser “amados”). Sabendo que esta é uma verdade reconfortante para dar descanso em tempos de abandono. Os verdadeiros santos de Deus são os objetos especiais do Seu amor, e apesar do movimento de apostasia ganhar força na Cristandade, todos eles serão preservados até o fim. Estamos eternamente seguros e, portanto, preservados por aqu’Ele que nos chamou e salvou. Judas termina sua epístola com esse mesmo pensamento oportuno no versículo 24. Isso não significa que os verdadeiros crentes não possam ser afetados pela apostasia. Enquanto um verdadeiro crente não se apostata da fé, ele pode ser influenciado pela corrente da apostasia e começar a desistir de certos princípios e práticas que uma vez sustentou. O único remédio para isso é se manter perto do Senhor (Dt 33:12).
V. 2 – Judas acrescenta: “Misericórdia, paz e amor, vos sejam multiplicados” (AIBB). Esse é o suprimento de graça de Deus para nos ajudar a prosseguir no caminho Cristão. Portanto, uma provisão abundante foi feita para os santos nestes últimos tempos.

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