Perdão Paterno
Ao
confessarmos nossos pecados, Deus é “fiel e justo para nos perdoar os
pecados” porque as reivindicações da justiça divina foram satisfeitas por
causa de um resgate ter sido pago por Cristo pelos nossos pecados (Mt 20:28; 1 Tm
2:6). João não diz exatamente que o crente que pecou deve pedir perdão – porque
todos os crentes permanecem em um estado de eternamente perdoados – mas ele diz
que precisamos reconhecer o que fizemos confessando nossos pecados a Deus, o
Pai. Portanto, não é o perdão eterno que está em vista aqui, mas sim o
perdão paterno. João acrescenta: “E nos purificar de toda a injustiça”.
Isso tem a ver com sermos limpos da influência do pecado que cometemos e obter
libertação de sua servidão (Jo 8:34). Isso é para nos ajudar a não falhar dessa
maneira novamente.
V.
10 – Contudo, se alguém que professa estar na luz diz que “não pecamos”,
deixa claro que não está na luz. Se ele estivesse realmente na luz, a luz teria
manifestado seus pecados, e ele saberia que pecou. Negar que pecamos é o fruto
da incredulidade. Isso desafia “Sua Palavra”, que afirma que todos os
homens pecaram (Ec 7:20; Rm 3:23). Não vamos contradizer a Palavra se a
tivermos realmente habitando em nós, como João diz aqui. No caso de um crente,
o pecado interrompe sua comunhão com Deus. Ele ficará desconfortável durante
todo o tempo em que estiver fora de comunhão, porque todo verdadeiro filho de
Deus anseia pela paz e alegria e complacência que emana de estar em comunhão
com Deus. Perder isso é perder seu senso de bem-estar espiritual, e isso
produzirá uma confissão de seus pecados, quando a comunhão será recuperada de
uma maneira feliz. Um crente meramente professante não sente essa perda porque
nunca conheceu a comunhão com Deus.