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ESPERANDO A MISERICÓRDIA DE NOSSO SENHOR JESUS (v. 21b)


ESPERANDO A MISERICÓRDIA DE NOSSO SENHOR JESUS (v. 21b)

Em seguida, Judas aborda nossa expectativa, que deve ser para cima, para a vinda do Senhor (o Arrebatamento). Ele diz: “esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”. A tendência nestes últimos dias é ocupar-se com as corrupções na Cristandade e no mundo, mas isso não é nosso foco. Lembremo-nos de que aqueles que estão ocupados com o fracasso se tornam um fracasso! A arca de Noé tinha uma janela “em cima”, da qual ele e sua família poderiam olhar. Isso fala de ter uma perspectiva celestial. A janela não estava no lado da arca. Se estivesse lá, eles poderiam estar ocupados com a cena da morte ao redor deles, e isso seria desalentador.
Este é o único lugar na Escritura onde a vinda do Senhor é mencionada como sendo uma “misericórdia”. Querer ser tirado deste mundo corrupto não é a principal razão para querer que o Senhor venha, mas que misericórdia será! A “vida eterna1  é vista aqui como estando no final de nosso caminho quando estivermos glorificados e em nossa esfera apropriada, onde a comunhão com o Pai e o Filho será nosso prazer sem distração.



[1]  N. do T.: As traduções de J. N. Darby e W. Kelly diferenciam os dois significados da expressão traduzida para oportuguês como “vida eterna”, utilizando as expressões “life eternal” e “eternal life”. Como traduzir isso para oportuguês não destacaria a diferença existente, usaremos a expressão “vida eterna” para indicar o aspecto presente da possessão da vida eterna (que Darby e Kelly traduzem como “life eternal”) e “vida eterna1” para indicar o aspecto futuro dessa possessão (que Darby e Kelly traduzem como “eternal life”). O Concise Bible Dictionary diz: “Aquele que tem o Filho de Deus, portanto, tem vida agora (a possessão presente) e sabe disso pelo Espírito Santo, o Espírito da vida. O apóstolo João fala da vida como um estado subjetivo nos crentes, embora inseparável do conhecimento de Deus plenamente revelado como o Pai no Filho, e de fato caracterizado por isso. O Senhor disse a Seu Pai: “a vida eterna é esta: que Te conheçam,  a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo 17:3). O apóstolo Paulo apresenta a vida eterna mais como uma esperança diante do Cristão (a possessão futura), que, no entanto, tem um efeito moral presente (Tt 1:2, 3:7). Disso obtemos que a vida eterna para o Cristão se dirige à sua plenitude para a glória de Deus, quando o corpo atual como parte da velha criação será transformado, e haverá total conformidade a Cristo, de acordo com o propósito de Deus. Nesse meio tempo, a mente de Deus é que o Cristão, habitado pelo Espírito Santo, saiba (tenha o conhecimento consciente) que ele tem a vida eterna (1 Jo 5:13).