O Amor do Mundo Não é Amor Divino
O problema que os
santos estavam enfrentando naqueles dias era que muitas pessoas falsas tinham
entrado nas fileiras Cristãs que professavam amar os irmãos – mas elas não eram
verdadeiras. Essas pessoas estavam fazendo uma bela exibição de amor, e os
santos corriam o risco de ser enganados e pensar que eram verdadeiros filhos de
Deus – mas o amor deles não era o amor divino que emanava da natureza divina. O
Senhor disse aos discípulos que o mundo tem seu próprio amor, mas em grande
parte ama por razões egoístas. Ele ama o que recebe em troca (Lc 6:32; Jo
15:19). Ele vê algo em seu objeto que é digno de seu amor e piedade, e ama
nessa base (Rm 5:7). Portanto, não devemos pensar que todo ato de bondade e
amor entre os homens é necessariamente uma prova de que eles nasceram de Deus e
possuem a natureza divina. (Há também amor natural que todos os homens têm,
mais ou menos – por exemplo, o amor que os pais têm por seus filhos. Também
isso, embora amável, não é amor divino).
O amor divino (“ágape” em grego) ama mesmo
quando não há nada em seu objeto que seja digno de seu amor. O amor de Deus
emana de uma disposição estabelecida de Seu coração para conosco; Ele estabelece
Seu amor sobre o homem, buscando sua bênção como uma questão de escolha (Dt 7:7-8).
Deus nos amou quando éramos ímpios pecadores! Nós já fomos “aborrecedores de
Deus” e “inimigos”, mas Ele prova o Seu amor por nós e no devido
tempo “Cristo morreu pelos ímpios” (Rm 1:29-31, 3:10-18, 5:6, 8).