Luz e Trevas
Cap. 1:5 – O primeiro
elemento essencial da natureza e do Ser de Deus que João mantém diante de nós é
a luz. Ele diz: “E esta é a mensagem que d’Ele ouvimos, e vos anunciamos:
que Deus é luz, e não há n’Ele trevas nenhumas”. “Luz” significa absoluta
santidade e verdade, enquanto “trevas” significa o mal e a ausência do
conhecimento de Deus. Ao declarar que “Deus é luz, e não há n’Ele trevas
nenhumas”, João deixa claro que Deus é absolutamente santo e que não é
possível que o pecado possa ser encontrado n’Ele, ou de alguma forma associado
a Ele. Todo verdadeiro Cristão sabe disso.
Nesta passagem, João
afirma que Deus não apenas “é luz” (v. 5), mas que Ele “está na luz”
(v. 7 – ARA). Visto que a luz dissipa as trevas e revela as coisas como
realmente são (Ef 5:13), ao declarar que Deus está agora na luz, João indica
que Deus Se revelou completamente. Isso, como vimos nos versículos 1 e 2, foi
feito pela vinda de Cristo ao mundo. Agora houve uma revelação completa do Pai
em Cristo (Jo 1:18, 14:9). Nos tempos do Velho Testamento, Deus habitava em “trevas
espessas” quanto à revelação de Sua Pessoa (1 Rs 8:12; 2 Cr 6:1 – ARA).
Certos atributos de Deus foram revelados naqueles tempos, mas Ele não foi
totalmente declarado. Tal revelação aguardava a vinda de Cristo, o Revelador de
Deus. Assim, resultante da vinda de Cristo, o Deus que é luz Se colocou na
luz.
Não somente Deus está
na luz, mas Seus filhos também estão na luz. A vinda de Cristo trouxe Deus para
a luz, mas é o sangue de Cristo derramado em Sua morte que nos habilitou para
essa luz (v. 7). Antes da conversão, éramos “trevas” (Ef 5:8a), mas ao
nos tornarmos crentes no Senhor Jesus Cristo, fomos trazidos “das trevas
para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2:9; At 26:18; 2 Co 4:6). Somos agora “filhos
da luz” (Ef 5:8b; 1 Ts 5:5). Agora, todo verdadeiro crente caminha na luz,
devido à gloriosa manifestação da vida eterna em Cristo e à obra que Ele
realizou na cruz.