Amor Genuíno Um ao Outro
Vs. 7-8 – João inicia
esta última seção da epístola com uma simples exortação para os filhos de Deus
se amar uns aos outros. Ele sustenta isso como uma prova de que uma pessoa tem
a natureza divina. Ele diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor
é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que
não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (AIBB). Como frequentemente
acontece com o estilo abstrato de João, seu ponto aqui é profundamente simples;
Aqueles que amam seus irmãos com amor genuíno provam que são crentes de verdade
e, aqueles que não amam, não são verdadeiros. “Amemo-nos” significa que
devemos permitir que a nova vida em nós se expresse naturalmente, o que será
manifestado ao “amar uns aos outros”. Isso mostra que é possível
atrapalharmos a nova vida agir em nós, e assim, impedir a manifestação dessa
vida. O principal culpado é a carne, mas se andarmos no Espírito, ela não levantará
sua repulsiva cabeça em nossa vida (Gl 5:16). João conclui sua curta exortação
para amar uns aos outros, afirmando a razão: “Porque Deus é amor”. É bem
verdade que Deus é amor, mas isso não significa que o inverso seja verdadeiro.
Deus é amor, mas amor não é Deus. Esse tipo de raciocínio é perigoso; pode se
tornar uma coisa mística em que uma pessoa procure uma experiência subjetiva
dentro de si. Tais esforços têm afastado os homens da verdade.